Quinta, 26 de junho.

O PCC deixou de ser um problema só do Brasil: um mapeamento do Ministério Público revela que a facção já opera em pelo menos 28 países, da América do Sul ao Japão. O dado impressiona — e acende um alerta global sobre como o crime organizado brasileiro está se internacionalizando.

E mais: paixão pelo trabalho favorece imagem dos homens e pode prejudicar a das mulheres, seu cérebro faz faxina enquanto você dorme, o que fazer quando irmãos não se dão bem. Vem com o Zat!

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CRIME ORGANIZADO

PCC expande atuação internacional e já está presente em 28 países, revela MP-SP

O Primeiro Comando da Capital (PCC) tem presença confirmada em pelo menos 28 países além do Brasil, segundo levantamento do Ministério Público de São Paulo (MP-SP). A facção criminosa, surgida há pouco mais de três décadas em um presídio de Taubaté, conta com cerca de 40 mil integrantes — mais de 2 mil deles espalhados pelo exterior.

Paraguai, Venezuela e Bolívia são os países com maior número de membros fora do Brasil, e a presença massiva em nações vizinhas se deve à logística favorável para o tráfico. A droga exportada, principalmente cocaína, vem de Bolívia, Peru e Colômbia, e é distribuída para Europa, África e Ásia — continente onde até o Japão já tem membros do PCC em liberdade.

O grupo, que lucra cerca de US$ 1 bilhão por ano (cerca de R$ 5 bilhões), também atua em crimes como lavagem de dinheiro. Um dos líderes, Marcos Roberto de Almeida, o Tuta, foi preso recentemente na Bolívia com documentos falsos.

Além de sua força nos presídios, o PCC tem articulado parcerias com organizações criminosas internacionais, como a máfia italiana ‘Ndrangheta. Investigações revelam o uso de “narcolanchas”, criptografia e até navios naufragados como parte de um esquema logístico complexo para abastecer o mercado europeu de drogas.

CARREIRA

Paixão no trabalho favorece homens e pode prejudicar mulheres, aponta estudo

Um novo estudo da Harvard Business School revelou um viés de gênero preocupante no ambiente corporativo: demonstrar entusiasmo no trabalho aumenta as chances de promoção para homens, mas pode ter o efeito contrário para mulheres. Publicada na revista Organization Science, a pesquisa analisou dados de mais de 4 mil funcionários de uma empresa de engenharia nos EUA e incluiu testes com mais de 2.100 participantes.

Homens entusiasmados foram considerados "altos potenciais" para liderança em 38% dos casos, contra apenas 30% das mulheres com o mesmo nível de paixão. Segundo os autores, o problema está enraizado em estereótipos: enquanto nos homens o entusiasmo é lido como comprometimento, nas mulheres pode ser interpretado como excesso de emotividade.

O estudo sugere soluções como padronização de critérios de avaliação, treinamento contra vieses inconscientes e triagens anônimas para cargos de liderança para tornar as oportunidades mais equitativas.

BONS HÁBITOS

Seu cérebro faz faxina enquanto você dorme — mas precisa de um bom sono para isso

Durante o sono profundo, o cérebro ativa um poderoso sistema de limpeza: o sistema glinfático. Descoberto há pouco mais de dez anos, ele funciona como uma espécie de “faxina noturna”, removendo toxinas e resíduos que se acumulam ao longo do dia no sistema nervoso central.

Mas para que essa limpeza aconteça, é essencial dormir bem e com qualidade. “O sistema glinfático atinge seu auge nas fases mais profundas do sono. Se o sono é superficial ou fragmentado, essa faxina não acontece de forma eficiente”, explica a endocrinologista Jacy Maria Alves. O cardiologista Rafael Luís Marchetti alerta que distúrbios no ritmo circadiano — nosso relógio biológico — também prejudicam esse processo e podem levar a um quadro chamado cronodisrupção, associado a doenças como obesidade, diabetes e problemas cardíacos.

Infelizmente, o sono do brasileiro vai mal: mais de 65% relatam dificuldades para dormir, segundo dados da ABS e da Fiocruz. A boa notícia: é possível melhorar a qualidade do sono com hábitos simples, como manter horários regulares, evitar telas antes de dormir e reduzir cafeína e álcool à noite. Dormir bem é mais do que descansar — é permitir que o cérebro cuide de você.

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FAMÍLIA

O que fazer quando os irmãos não se dão bem?

O relato da atriz Thaila Ayala sobre conflitos familiares reacendeu um tema delicado: o que fazer quando irmãos simplesmente não se gostam? O psicólogo Alexander Bez explica que, embora o ideal seja o afeto entre irmãos, a ausência de vínculo não é tão incomum quanto se imagina.

Segundo Bez, diferenças de personalidade, disputas por atenção dos pais e ressentimentos mal resolvidos podem gerar distanciamento ou até aversão entre irmãos. “A rivalidade pode se instalar desde a infância e, se não for tratada, se perpetua na vida adulta”, afirma.

O especialista ressalta que aceitar a realidade do afastamento pode ser menos danoso do que forçar uma convivência hostil. “Respeitar os limites e buscar a paz emocional é mais saudável do que insistir em laços que não se constroem naturalmente”, diz.

Quando o convívio se torna inevitável — por eventos familiares ou responsabilidades em comum —, terapia individual ou familiar pode ajudar a mediar emoções e estabelecer acordos de convivência respeitosa. Nem toda relação entre irmãos é pautada pelo amor, e tudo bem buscar equilíbrio dentro dessa complexidade.

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