Terça, 27 de maio.

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E mais: tensão e memes acompanham a crescente influência brasileira em Portugal, cresce nos EUA o mercado de consultores que ajudam pessoas a sumir da internet, estudo indica que a prevenção da demência deve começar ainda na infância. Vem com a gente!

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“COLÔNIA DO BRASIL”?

Tensão e memes acompanham a crescente influência brasileira em Portugal

A crescente presença brasileira em Portugal tem gerado tanto integração quanto desconforto. Episódios recentes, como a adoção do Pix em supermercados portugueses, escancararam essa dualidade. Uma página chamada Resistência Lusitana reagiu chamando o fenômeno de “brasileirização preocupante”. Comentários reforçaram temores sobre a suposta ameaça à identidade portuguesa.

Por outro lado, muitos brasileiros nas redes sociais reagiram com humor, criando memes que apelidam Portugal de “Guiana Brasileira”, “Pernambuco em pé” e “Faixa de Gajos” — uma inversão simbólica da antiga relação colonial.

A influência, de fato, é visível. Segundo o Itamaraty, mais de 510 mil brasileiros vivem atualmente em Portugal, número que se reflete na proliferação de negócios, restaurantes, produtos e até expressões linguísticas brasileiras no dia a dia dos portugueses — especialmente entre jovens, que acompanham influencers e consomem cultura pop do Brasil.

Braga, por exemplo, já é chamada de “Braguil” por parte da comunidade local, onde brasileiros representam 8% da população. A cidade de Lisboa oficializou o Carnaval Brasileiro de Rua no calendário municipal. No ensino superior, 19 mil brasileiros estão matriculados, impulsionando não só a economia local, mas também mudanças nas práticas acadêmicas e no próprio uso da língua.

Apesar das tensões pontuais — amplificadas por setores mais conservadores — especialistas apontam que esse intercâmbio é benéfico. Para o sociólogo Pedro Góis, da Universidade de Coimbra, a diversidade traz vitalidade econômica e cultural, embora também desafie conceitos tradicionais de identidade nacional.

O PODER DA INVISIBILIDADE

Cresce nos EUA o mercado de consultores que ajudam pessoas a sumir da internet

Empresas como a HavenX oferecem serviços de privacidade extrema para clientes dispostos a pagar caro por invisibilidade digital e física. Entre eles estão celebridades, bilionários do mercado cripto e executivos sob ameaça, que recebem orientações para esconder seus rastros: múltiplos telefones, cartões com nomes falsos, casas registradas em trusts e até roteiros de mentira prontos para lidar com vizinhos.

Inspirado nos métodos do ex-policial Michael Bazzell, que desapareceu da internet após ensinar milhares a fazer o mesmo, esse setor mistura segurança digital, paranoia e estratégia de espionagem. Mas o preço é alto — tanto em dinheiro quanto em esforço: abrir mão de comodidades, mentir com frequência e viver sob vigilância constante.

Para alguns, essa escolha é um modo de vida. Para outros, uma necessidade diante do crescimento de ameaças online, extorsões e vazamentos. O que antes era ficção virou rotina para quem pode pagar por isso.

MEDICINA PREVENTIVA

Estudo indica que a prevenção da demência deve começar ainda na infância

Pesquisadores defendem que os fatores de risco para a demência — como obesidade, sedentarismo e pressão alta — começam a se estabelecer ainda na infância e adolescência, e não só na meia-idade, como se costuma pensar. Hoje, mais de 60 milhões vivem com a doença no mundo.

O alerta vem de um grupo internacional de especialistas que recomenda uma abordagem de prevenção ao longo da vida, focando em educação, ambientes saudáveis e políticas públicas eficazes. Isso porque alterações estruturais no cérebro associadas à demência podem se formar nas primeiras décadas de vida, dificultando intervenções tardias.

Estudos de longo prazo mostram que o nível cognitivo aos 70 anos tem relação direta com o desempenho aos 11. Por isso, promover saúde cerebral desde cedo, com políticas amplas e ações comunitárias, pode ser mais eficaz do que tentar corrigir hábitos consolidados mais tarde.

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AMOR MADURO

O que te contaram sobre relacionamentos — e que talvez esteja te atrapalhando

Ter faísca no começo, nunca discutir ou dormir juntos todas as noites não são sinais obrigatórios de uma relação saudável. Psicoterapeutas explicam que relações duradouras se constroem com respeito, autenticidade e diálogo — e não seguindo regras rígidas ou ideais romantizados.

Discutir pode ser sinal de intimidade, e não de fracasso. Dormir em camas separadas, quando feito com consentimento e afeto, pode melhorar a convivência. Traição, embora grave, não significa necessariamente o fim — depende do contexto, das escolhas e da disposição do casal em reconstruir.

Outra crença desmontada é a de que sentir repulsa ocasional anula o amor. Especialistas afirmam que esse incômodo pode revelar algo interno, e não um erro do parceiro. Enfrentar essas sensações com honestidade fortalece o vínculo.

No fim, a ideia de que há uma única pessoa perfeita ou que o fim de um relacionamento é fracasso dá lugar a uma visão mais real: amar é escolha e construção diária, com espaço para erros, recomeços e crescimento.

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