Quarta, 27 de agosto.

A Disney já reinou absoluta entre super-heróis e jedis. Mas agora, diante da fadiga do público e do desafio de conquistar jovens homens da Geração Z, o estúdio corre atrás de algo novo. Entre tesouros globais, aventuras e apostas sazonais, a busca é por histórias capazes de competir com o apelo dos games e virar fenômenos culturais.

E mais: ‘taxa das blusinhas’ se espalha pela América Latina para conter avanço de Temu e Shein, por que profissionais estão se agarrando aos empregos, 90% do valor de algumas das maiores empresas do mundo vem de ativos intangíveis. Vamos nessa!

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COMÉRCIO INTERNACIONAL

‘Taxa das blusinhas’ se espalha na América Latina para conter avanço de Temu e Shein

Governos latino-americanos têm recorrido a tarifas de importação para frear a enxurrada de produtos baratos de plataformas chinesas como Temu, Shein e AliExpress, que vêm pressionando o varejo local e sobrecarregando alfândegas. A medida busca proteger empresas nacionais e reduzir perdas fiscais, em um cenário de consumo crescente e preços imbatíveis.

O México elevou para 33,5% a tarifa sobre pequenas encomendas de países sem acordo comercial, mirando especialmente sites chineses. O Brasil instituiu em 2024 a chamada “taxa das blusinhas”: 60% de Imposto de Importação para compras até US$ 50, somados ao ICMS estadual. Chile, Equador e Uruguai também criaram ou ampliaram tributos semelhantes.

Ainda que Mercado Livre e Amazon sigam líderes na região, o avanço chinês é rápido. Só a Temu, controlada pela PDD Holdings, teve alta de 143% em usuários ativos na América Latina no primeiro semestre de 2025, chegando a 105 milhões, segundo a Sensor Tower.

Os consumidores, no entanto, continuam atraídos pelos preços baixos e entregas relativamente rápidas. Isso gera tensão entre a popularidade das plataformas e os impactos no comércio físico. “Essas empresas terão efeito cascata nas economias locais”, alerta Margaret Myers, do Inter-American Dialogue.

Enquanto governos tentam equilibrar arrecadação e proteção ao varejo, a disputa promete se intensificar — e o bolso do consumidor segue no centro dessa batalha.

RECADO DA REDAÇÃO

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ENTRETENIMENTO

Disney busca nova fórmula para reconquistar homens da Geração Z

Após anos confiando em marcas consolidadas como Marvel e Star Wars, a Disney intensifica esforços para atrair homens da Geração Z (13 a 28 anos) — um público que, segundo estudos, está mais solitário e imerso em games do que nas salas de cinema.

Fontes revelaram à Variety que o estúdio tem pressionado roteiristas e produtores por novas propriedades intelectuais com apelo masculino, como aventuras globais, caças ao tesouro e estreias em datas sazonais.

A estratégia ocorre em meio a quedas de audiência em blockbusters recentes, como Fantastic Four: First Steps, e à estagnação de projetos da Lucasfilm.

Sob comando de David Greenbaum, a divisão de live-action agora tenta fugir da saturação de reboots, mirando títulos originais. O movimento inclui a recente contratação de Daria Cercek, ex-Paramount, e uma aproximação com o universo gamer, incluindo o investimento bilionário no Fortnite.

O QUE MAIS

TÁ ROLANDO? 👀

JOB HUGGING

Por que profissionais estão se agarrando aos empregos

A era do job hopping — trocar de empresa em busca de melhores oportunidades — parece ter chegado ao fim. Segundo relatório da consultoria global Korn Ferry, cresce entre trabalhadores o chamado job hugging: manter-se no cargo atual “com unhas e dentes”, diante de um cenário econômico incerto.

Nos últimos anos, sobretudo entre jovens profissionais, trocar de emprego era sinônimo de ambição e ascensão. Agora, porém, fatores como a instabilidade do mercado, o avanço da inteligência artificial e a escassez de novas vagas estão freando esse movimento.

Um estudo da Eagle Hill Consulting mostrou que a maioria dos empregados pretende permanecer em seus postos por pelo menos seis meses, com a Geração Z liderando essa tendência. O indicador de percepção de oportunidades externas atingiu o nível mais baixo desde sua criação.

Os números reforçam o pessimismo: até julho, empresas nos EUA anunciaram mais de 800 mil cortes de postos — maior índice desde 2020. Ao mesmo tempo, a criação de vagas desacelerou, com apenas 73 mil em julho, bem abaixo da média do ano.

Para os recrutadores, o desafio aumenta. Para as empresas, pode ser o momento de reter talentos e fortalecer vínculos de longo prazo.

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