Sexta, 27 de dezembro.

“Não há muita empatia por um grupo que historicamente teve vantagens e é mais propenso a ser opressor do que oprimido”, afirma Scott Galloway, professor da Universidade de Nova York, que mergulha no tema da masculinidade em crise em um livro em desenvolvimento e em seu podcast. Ele argumenta que é preciso falar sobre o assunto, até porque o aumento da solidão e da frustração masculina impacta toda a sociedade, levando a instabilidade, depressão e violência. Confira nesta edição.

E mais: varejistas regionais estão se consolidando entre as gigantes do setor, como os amish namoram sem redes sociais, brasileiros apostam em verão de recordes nas praias. Sextou com o Zat!

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OS HOMENS ESTÃO BEM?

A crise da masculinidade moderna em foco

A masculinidade está em crise. Dados apontam que homens estão ficando para trás em áreas como educação, mercado de trabalho e saúde mental. O número crescente de jovens solitários, alienados e desamparados não pode ser ignorado.

Scott Galloway, professor da Universidade de Nova York, mergulha no tema em um livro em desenvolvimento e em seu podcast, "The Prof G Pod". Ele destaca um cenário preocupante: homens têm quatro vezes mais chances de cometer suicídio e estão se desconectando de escolas, empregos e relacionamentos. Enquanto isso, mulheres procuram parceiros financeiramente e emocionalmente estáveis, o que muitas vezes exclui jovens homens menos preparados.

A falta de empatia pela situação masculina é compreensível, considerando a histórica posição de privilégio dos homens. No entanto, Galloway argumenta que o aumento da solidão e da frustração masculina impacta toda a sociedade, levando a instabilidade, violência e depressão. Ele propõe soluções como um serviço nacional obrigatório para jovens, promovendo empatia e responsabilidade coletiva.

Galloway também enfatiza a importância de figuras masculinas na vida de jovens homens. Ter alguém disposto a confrontar e apoiar é fundamental. Ele acredita que criar laços significativos e assumir responsabilidades — como ser pai — pode ajudar homens a encontrar propósito e estabilidade.

Para Galloway, resolver essa crise vai além de dados e políticas; é sobre criar conexões e reconstruir o senso de comunidade.

VAREJO REGIONAL

Pequenos conquistam espaço das gigantes com estratégias distintas

Varejistas regionais estão se consolidando entre as gigantes do setor, ultrapassando a marca de R$ 1 bilhão em vendas, segundo o ranking Cielo-SBVC de 2024. O estudo mostra que as 300 maiores varejistas do Brasil movimentaram R$ 1,129 trilhão em 2023, com um crescimento acima da média nacional, impulsionado por empresas regionais.

Eduardo Terra, presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), destaca que o sucesso dessas companhias está na combinação entre escala nas vendas, conhecimento do mercado local e agilidade. Além disso, a gestão eficiente — com planejamento, equipes bem estruturadas e processos otimizados — é crucial para o desempenho.

Exemplos não faltam: a Caedu, rede de vestuário, ajusta seus preços às classes de menor renda, ampliando acessibilidade; a Santa Lolla, marca de calçados, mantém custos baixos com um modelo de negócios enxuto, garantindo preços competitivos; e o supermercado Tauste cresceu de forma gradual, priorizando o conhecimento de mercado e evitando endividamento.

Enquanto as dez maiores varejistas perdem representatividade desde 2020, empresas regionais mostram força, provando que estratégias locais podem gerar impacto nacional. Este movimento reforça o papel do varejo emergente no dinamismo econômico do país.

COSTUMES

Amish revelam como namoram sem internet e redes sociais

Os amish, grupo religioso protestante que surgiu na Europa no século 17 e se refugiou nos Estados Unidos fugindo de perseguições, mantêm viva uma forma tradicional de encontrar parceiros sem usar tecnologia moderna. Conhecidos por rejeitarem invenções como eletricidade, carros e internet, eles seguem uma interpretação rigorosa da Bíblia, priorizando a vida simples, humildade e senso de comunidade.

No maior assentamento da congregação na América do Norte, em Lancaster County, na Pensilvânia, com 43.600 integrantes, os jovens se conhecem principalmente em dominicais, onde cantam hinos bíblicos e jogam vôlei.

O período de namoro, chamado "Rumspringa", começa aos 16 anos e vai até o batismo, entre 18 e 22 anos. Durante esse tempo, os jovens têm mais liberdade para explorar relacionamentos, sempre respeitando regras como a proibição do sexo antes do casamento.

Os casamentos são grandes eventos que acontecem entre outubro e março, reunindo 300 a 500 convidados com três refeições ao longo do dia. Apenas 10% a 15% dos jovens abandonam a comunidade.

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ZAT INDICA

Filmes recentes e marcantes para ver e rever

O cinema de 2024 trouxe uma safra de obras inesquecíveis que cativaram o público com histórias emocionantes, roteiros inovadores e atuações marcantes. Nesta lista da redação, confira obras que estouraram este ano e que vale a pena assistir ou revisitar:

• Vidas Passadas: Um drama delicado sobre amor, destino e conexões que transcendem o tempo.

• Dias Perfeitos: Uma jornada introspectiva que mistura poesia visual e narrativa envolvente.

• Zona de Interesse: Um olhar frio e provocador sobre a banalidade do mal.

• Anatomia de uma Queda: Suspense e dilemas morais em um julgamento cheio de reviravoltas.

• Pobres Criaturas: Uma obra visualmente deslumbrante que desafia convenções e encanta com sua ousadia.

• Ainda Estou Aqui: Um relato sensível sobre luto, memória e resiliência.

• A Substância: Ficção científica que explora os limites da humanidade diante de descobertas revolucionárias.

• Divertida Mente 2: Uma sequência encantadora que adiciona novas emoções à já querida turma da mente.

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