Quarta, 28 de maio.

Levar pra casa, pedir no app ou passar no drive-thru: o off-premises — quando você consome fora do restaurante — virou regra, não exceção. Quase 75% dos pedidos nos EUA já são assim, segundo a National Restaurant Association. Um hábito que molda como a gente come e como os restaurantes crescem, inovam e se mantêm relevantes.

E mais: como a arte transforma vidas em centros de acolhimento, OpenAI e Jony Ive querem reinventar o futuro dos dispositivos pessoais, como manter sua ética sem pôr sua carreira em risco. Vamos nessa!

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TRABALHO SOCIAL

Como a arte transforma vidas em centros de acolhimento

Pintura, música, teatro e performance vêm se tornando ferramentas de transformação para pessoas em situação de rua e refugiados em São Paulo. Histórias como a de Gleice Cassiane de Castro, que viveu mais de 30 anos nas ruas, mostram como a arte resgata autoestima, identidade e esperança. “Criar me manteve viva”, afirma ela, que hoje escreve sua autobiografia e prepara seu casamento.

A exposição “A Arte do Povo da Rua”, promovida pela Defensoria Pública, deu visibilidade a obras de artistas que passaram por centros de acolhimento. Para a terapeuta ocupacional Carla Regina Rilva, a arte ajuda a enfrentar a desumanização provocada pela exclusão, resgatando memórias, afetos e potências.

O Cisarte, centro fundado por Darcy Costa, ex-morador de rua, também oferece oficinas de culinária, costura e serigrafia. Lá, até 200 pessoas por dia redescobrem talentos e constroem novos projetos de vida. “A arte mexe com as emoções que a pobreza roubou”, explica Darcy.

O desafio, porém, é estrutural. Dados de 2025 mostram que mais de 335 mil pessoas vivem nas ruas do Brasil, sendo quase 30% só na cidade de São Paulo. Para quem vive à margem, a arte não é só expressão — é reconstrução e recomeço.

IA NO BOLSO

OpenAI e Jony Ive querem reinventar o futuro dos dispositivos pessoais

O anúncio de uma “família de dispositivos” criada pela OpenAI em parceria com Jony Ive, lendário designer do iPhone, mexeu com o setor de tecnologia. Segundo Sam Altman, CEO da empresa, o produto será um “terceiro dispositivo central” — além do iPhone e do MacBook Pro — com sensores de ambiente, sem tela, discreto e inteligente, que pode ficar no bolso ou na mesa.

Um protótipo já existe e Altman o descreveu como “a tecnologia mais incrível que o mundo já viu”. Apesar de rumores sobre dispositivos vestíveis, Ive quer se afastar da estética das telas. O analista Ming-Chi Kuo afirma que o modelo lembra um iPod shuffle e pode ser usado no pescoço, com câmeras e microfones embutidos.

A novidade gerou uma onda de especulações, e analistas apontam que esse pode ser o passo mais disruptivo da OpenAI até agora. A empresa espera lançar o primeiro modelo até o fim de 2026 e vender 100 milhões de unidades em tempo recorde — criando uma nova categoria de hardware pessoal centrado em inteligência artificial.

RESTAURANTES

Consumo fora do salão já domina o setor nos EUA, aponta pesquisa

Cerca de 75% dos pedidos em restaurantes nos Estados Unidos hoje são feitos para consumo fora do local, segundo o relatório 2025 Off-Premises Restaurant Trends, da National Restaurant Association. O levantamento considera formatos como delivery, drive-thru, retirada no balcão ou na calçada — chamados no setor de off-premises.

A mudança de hábito, que ganhou força durante a pandemia, se firmou como padrão, especialmente entre jovens adultos das gerações Z e millennial. Mais da metade deles usa algum serviço off-premises semanalmente, e dois terços dizem que o formato é essencial ao estilo de vida atual.

Para acompanhar a demanda, redes de alimentação estão investindo em tecnologia para pedidos e pagamentos, programas de fidelidade, promoções em tempo real e embalagens que mantenham a qualidade da comida até o destino final.

O relatório aponta que esse modelo de consumo deixou de ser tendência para se tornar um eixo central de crescimento e adaptação do setor, com impacto direto na forma como os restaurantes operam e se relacionam com os clientes.

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TRABALHO

Como manter sua ética sem pôr sua carreira em risco

Imagine ser pressionado a contar uma versão da história da sua empresa que omite problemas importantes para valorizar o negócio. Foi o que viveu um executivo de vendas, durante um processo de venda da companhia. A solução? Em vez de confrontar ou simplesmente aceitar, ele buscou entender o que os líderes realmente queriam. Reformulou a narrativa, destacando os desafios superados e os planos de melhoria. Resultado: foi elogiado, manteve sua integridade e protegeu sua carreira.

Segundo o Institute of Business Ethics, 1 em cada 3 profissionais já se sentiu pressionado a comprometer padrões éticos. Nesses casos, a recomendação é: antes de dizer “não”, pergunte, questione e, se possível, proponha alternativas alinhadas aos valores da empresa.

Se, mesmo assim, o pedido for claramente ilegal, documente tudo e acione o RH. Para dilemas éticos mais sutis, vale aplicar a “regra do arrependimento”: daqui a 10 anos, você vai se orgulhar da sua decisão? Essa reflexão, popularizada por Jeff Bezos, ajuda a escolher atitudes que preservam sua paz interior — mesmo que tragam desconfortos no presente.

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