Segunda, 28 de outubro.

A Índia é chamada de "farmácia do mundo" porque produz muitos medicamentos genéricos acessíveis, já que o país permite a cópia de medicamentos patenteados no exterior, desde que sejam feitos de forma diferente. Estima-se que, mundialmente, 1 em cada 3 medicamentos consumidos são produzidos lá. Isso mostra como a indústria farmacêutica global tem uma dinâmica complexa, e também o impacto que patentes e genéricos têm na vida das pessoas.

E mais: infraestrutura brasileira recebe diagnóstico preocupante, uma tendência simpática viraliza entre a geração Z no TikTok, qual é o seu perfil de usuário de Inteligência Artificial no trabalho? Começando a semana com o Zat!

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GUERRA DAS PATENTES

Farmacêuticas disputam exclusividade de 62 medicamentos

A indústria farmacêutica enfrenta uma batalha judicial envolvendo a extensão de patentes de 62 medicamentos. O Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), órgão federal responsável por registrar e proteger patentes no Brasil, está no centro da disputa, que voltou à pauta após grandes farmacêuticas contestarem sua aplicação retroativa.

Em 2021, o STF proibiu a extensão do prazo de proteção das patentes além dos 20 anos previstos em lei, prática que permitia que algumas empresas mantivessem o monopólio de seus medicamentos por anos a fio. O tribunal considerou essa extensão inconstitucional, gerando impacto imediato no mercado farmacêutico e provocando uma onda de contestações judiciais que se estende até hoje.

Entre os medicamentos envolvidos estão o Saxenda (medicamento para diabetes e perda de peso, concorrente do Ozempic) e o Stelara (usado no tratamento de doenças autoimunes como psoríase e Doença de Crohn).

Segundo estudo da UFRJ, se as detentoras das patentes vencessem as ações, o impacto seria de R$ 7,6 bilhões para consumidores e R$ 1,1 bilhão para o SUS.

A Interfarma, que representa laboratórios internacionais, defende compensações pelo histórico de atrasos do INPI, embora hoje o órgão leve em média 4,4 anos para avaliar patentes.

O embate coloca em lados opostos fabricantes nacionais de genéricos e grandes laboratórios internacionais. As empresas brasileiras argumentam que versões genéricas custam cerca de 35% menos que os medicamentos de referência.

Saiba quais medicamentos estão em disputa.

INVESTIMENTOS CRÍTICOS

O tamanho do atraso no Brasil em infraestrutura

A infraestrutura brasileira enfrenta sua pior crise em uma década, de acordo com este estudo recente. Os investimentos atuais mal atingem 2% do PIB, menos da metade do necessário para modernizar o país.

O diagnóstico é preocupante. Em 2024, o patrimônio total em infraestrutura representa apenas 35,5% do PIB, muito distante dos 60% recomendados pelo IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). Mesmo com previsão de investimentos de R$ 212,7 bilhões para este ano, sendo R$ 142 bilhões da iniciativa privada, o valor ainda é insuficiente para reverter o quadro.

A situação é ainda mais crítica em setores essenciais como transportes e saneamento, que precisariam dobrar seus recursos. Nas rodovias, principal modal logístico do país, 67,5% da malha foi reprovada pela CNT (Confederação Nacional do Transporte) em 2023, evidenciando o colapso iminente.

Para especialistas, a saída está em um planejamento estratégico que atraia o setor privado, especialmente para as concessões rodoviárias, que devem saltar dos atuais 14 mil km para 30 mil km nos próximos anos.

TRENDS DO TIKTOK

Menu de dopamina imita cardápio de restaurante

Você já ouviu falar no menu de dopamina? A trend popular no TikTok incentiva a criação de listas personalizadas de atividades que ajudam a gerenciar o estresse e melhorar o bem-estar.

Inspirado no cardápio de um restaurante, o método divide atividades que estimulam a dopamina em aperitivos, prato principal, acompanhamentos e sobremesas. Cada seção reúne ações para promover uma sensação de bem-estar, sem recorrer ao celular.

Por exemplo, os aperitivos podem incluir atividades rápidas como ouvir sua música favorita ou tomar um café, enquanto o prato principal é reservado para atividades que exigem mais tempo e atenção, como cozinhar uma nova receita ou fazer uma caminhada. As sobremesas servem para pequenos prazeres, como rolar o feed das redes sociais, mas por um tempo curto, evitando o cansaço digital.

Essa prática, que começou como uma ajuda para pessoas com TDAH, caiu no gosto do público em geral e acaba sendo um lembrete de encontrar prazer entre as tarefas.

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INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

Qual é o seu perfil como usuário de IA no trabalho?

Uma pesquisa realizada pelo Slack, plataforma de comunicação da gigante americana de software Salesforce, revelou cinco perfis profissionais quanto ao uso de inteligência artificial (IA) no trabalho. A pesquisa ouviu cinco mil funcionários em seis países.

Os entusiastas, representando 30%, utilizam IA regularmente para aprimorar tarefas e frequentemente incentivam colegas a adotá-la. Já os discretos (20%) são adeptos, mas não divulgam o uso, enquanto os rebeldes (19%) evitam e desaprovam a ferramenta. Os super fãs, cerca de 16%, são interessados na IA, mas ainda não exploram seu potencial total. Finalmente, os observadores (também 16%) hesitam em aderir, mostrando cautela sobre os benefícios.

Segundo Priscila Castanho, diretora da Salesforce Brasil, entender esses perfis pode ajudar empresas a integrarem a IA de forma estratégica. Ela sugere, por exemplo, que entusiastas atuem como embaixadores da tecnologia, enquanto observadores possam receber treinamento específico.

A diretora destaca que muitos têm uma visão restrita sobre a IA devido à falta de informações claras. Ao promover transparência, as empresas podem superar barreiras e otimizar a produtividade com a IA. “Muitas vezes, a falta de confiança na tecnologia vem da falta de informação. Estamos todos aprendendo juntos.”

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