Edição de 29/07/2025

Terça, 29 de julho.

Você já se perguntou se o otimismo é mais do que um jeito de pensar? Um estudo japonês acaba de mostrar que cérebros otimistas se “sintonizam” ao imaginar o futuro, favorecendo empatia e conexões sociais. Mais do que ver o copo meio cheio, trata-se de processar o negativo com distância emocional.

E mais: como uma conversa vazada reacendeu conflito mortal entre Camboja e Tailândia, por que tanta gente parou de postar nas redes sociais, por que o açaí brasileiro pode virar item de luxo nos EUA. Vem com a gente!

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CRISE ENTRE VIZINHOS

Como uma conversa vazada reacendeu conflito mortal entre Camboja e Tailândia

Famílias desalojadas no Camboja
Foto: Kith Serey (Shutterstock)

Um antigo laço pessoal abalado por um vazamento diplomático foi o estopim de um novo e sangrento conflito entre Camboja e Tailândia, que já deixou pelo menos 35 mortos e mais de 270 mil deslocados — o pior enfrentamento entre os países em mais de uma década.

Tudo começou após cinco soldados tailandeses se ferirem em uma mina terrestre, mas a crise se intensificou quando Hun Sen, ex-premiê cambojano, divulgou uma conversa com a primeira-ministra tailandesa Paetongtarn Shinawatra. Nela, ela o chamava de “tio” e criticava seus próprios militares, gerando revolta na Tailândia e levando à sua suspensão do cargo.

O episódio rompeu décadas de amizade entre as famílias Hun e Shinawatra, acentuando tensões em uma fronteira historicamente disputada. O comércio bilateral foi interrompido, embaixadores foram expulsos e surgiram investigações contra empresários cambojanos. Enquanto Hun Sen acusa Thaksin, pai de Paetongtarn, de insultar a monarquia tailandesa — crime passível de prisão — os dois países se enfrentaram com tanques, aviões de combate e artilharia pesada.

Ontem (28), após quatro dias de ataques mútuos, Tailândia e Camboja concordaram com um cessar-fogo imediato e incondicional, mediado pelo primeiro-ministro da Malásia, Anwar Ibrahim.

Panorama 🌎

🌾 Brasil sai do Mapa da Fome após ONU apontar menos de 2,5% da população em risco de subnutrição.
Relatório da Organização das Nações Unidas, com base nos dados de 2022 a 2024, indica que o Brasil deixou a zona de insegurança alimentar grave. A taxa de subnutrição caiu abaixo do limite de 2,5%, critério para exclusão do Mapa da Fome. O anúncio foi feito na Cúpula de Sistemas Alimentares, na Etiópia. Ainda assim, 7 milhões vivem insegurança alimentar severa e 28,5 milhões enfrentam insegurança moderada. 

LEIA TAMBÉM:
  • INSS: R$ 330 milhões já foram devolvidos a 500 mil vítimas de fraudes.

  • Alcolumbre ignora família Bolsonaro e não vai pautar impeachment de Moraes.

  • STF espera ação da Câmara ou da PGR para Eduardo Bolsonaro perder mandato.

  • China critica tarifa dos EUA contra Brasil e promete fortalecer cooperação estratégica.

  • Governo de Javier Milei negocia para que argentinos entrem nos EUA sem visto.

  • União Europeia propõe sanção sem precedentes contra Israel por crise humanitária em Gaza.

COMPORTAMENTO DIGITAL

Por que tanta gente parou de postar nas redes sociais

Foto: Getty Images

Após duas décadas de compartilhamentos crescentes, muita gente parece ter perdido o interesse em postar nas redes sociais. Dados recentes mostram que um terço dos usuários publica menos do que há um ano — especialmente os adultos da Geração Z.

Para o jornalista Kyle Chayka, autor de Filterworld: How Algorithms Flattened Culture, estamos nos aproximando de um momento que ele chama de “postagens zero”: uma era em que a maioria das pessoas comuns deixará de compartilhar a própria vida online.

Em entrevista à BBC, Chayka argumenta que as redes se tornaram menos sociais e mais voltadas ao consumo de conteúdo genérico — muitas vezes impulsionado por marcas, influenciadores ou inteligência artificial.

O resultado é um ambiente dominado por anúncios e vídeos aspiracionais, enquanto postagens de amigos se tornam raras. A comunicação pessoal, segundo ele, migrou para mensagens diretas e grupos fechados.

Postar online já foi visto como uma forma de ganhar visibilidade, mas, para muitos, essa troca deixou de compensar. O conteúdo se banalizou, e os riscos — como exposição excessiva ou viralização por motivos constrangedores — se tornaram mais evidentes.

Alguns apostam que, hoje, cresce o desejo por conexões mais íntimas e offline. “Talvez nunca tenha sido natural tanta gente compartilhar tanto”, diz Chayka.

CONTEÚDO DE MARCA

NANNAI terá série de jantares com chefs convidados ao longo do ano

O NANNAI Harmonniza, projeto que leva grandes nomes da gastronomia para jantares com menus especiais nos hotéis NANNAI Muro Alto e NANNAI Noronha, terá edições mensais em 2025.

Com cozinha inspirada nas receitas de família, valorizando o pernambucano, o nordestino e o brasileiro, o TiaTê, restaurante dos hotéis, será palco dos encontros orquestrados pelo chef anfitrião, Fernando Pavan.

Estão confirmados Juarez Campos (Oriundi/ES), Cesar Santos (Oficina do Sabor/PE), Tássia Magalhães, com harmonização de Danyel Steinle (Nelita – SP), Ariani Malouf (Mahalo - MT), Leila Malouf (Buffet Leila Malouf – MT), Rafa Gomes (Itacoa e Tiara – RJ), Thomas Troisgros (Le Blond, Boucherie, Oseile, Toto e T.T. Burger – RJ), Oscar Bosch (Tanit, NIT Bar de Tapas e Cala del Tanit – SP), Jefferson Rueda (A Casa do Porco – SP) e Claude Troisgros (Chez Claude, CT Boucherie, Bistrot du Quartier, Le Blond, Pala 7 – RJ, SP e BA).

Os jantares são abertos ao público, mediante reserva antecipada. Para mais informações e reservas, acesse aqui.

ASSUNTO
PARA O ALMOÇO 💬

O fungo Ophiocordyceps unilateralis, que ficou famoso pelo game e série The Last of Us, realmente existe. E cria “zumbis”, sim, mas só entre insetos.

Na ficção, ele infecta humanos, mas isso é licença poética. Na vida real, ele ataca formigas e assume o controle do corpo delas. Libera substâncias que afetam o sistema nervoso, fazendo o inseto subir até um ponto alto e prender a mandíbula numa folha ou galho.

A formiga morre ali, mas o fungo continua: cresce para fora da cabeça dela e espalha esporos, infectando outras. Um terror real, só que no mundo microscópico.

O QUE MAIS

TÁ ROLANDO? 👀

🎬 Superman e F1 ultrapassam US$ 500 milhões nas bilheterias globais. O novo Superman, primeira aposta de James Gunn na DC, arrecadou US$ 502 milhões em duas semanas. Já F1, da Apple com distribuição da Warner Bros., bateu US$ 509 milhões e se tornou o maior sucesso de bilheteria da Apple até hoje.

ECONOMIA E NEGÓCIOS

🥣 Açaí brasileiro pode virar item de luxo nos EUA com nova tarifa. Sem acordo entre Brasil e governo Trump, a polpa de açaí pode encarecer nas lojas americanas. Com porções custando até US$ 18, redes como Oakberry avaliam o impacto. Produtores no Brasil temem queda nas exportações e avaliam buscar novos mercados.

📉 Puma perde mais da metade do valor de mercado em 1 ano. A marca enfrenta queda de vendas em mercados-chave, impacto de tarifas dos EUA e desempenho abaixo do esperado com tênis retrô. Para 2025, prevê queda de ao menos 10% nas vendas. Novo CEO tenta reverter o cenário com corte de custos e ajustes na estratégia global.

MÍDIA E ENTRETENIMENTO

✍️ Flip 2025 vai homenagear Paulo Leminski, o poeta do bigode e dos haicais. A festa literária de Paraty, que acontece em julho e agosto, destaca a obra múltipla de Leminski — poeta, músico, judoca e referência da poesia pop brasileira. Vai ter programação especial antes e durante o evento.

🎤 t.A.T.u. anuncia retorno e fãs brasileiros impulsionam buscas no Google. A dupla russa, sucesso nos anos 2000 com All The Things She Said, confirmou um show para julho. A volta gerou pico de interesse no Brasil, onde fãs pedem novas apresentações.

SAÚDE E CIÊNCIA

🥦 Comer bem ajuda a dormir melhor. Aumentar o consumo de frutas, vegetais e fibras pode melhorar em 16% a qualidade do sono, segundo estudo recente. Participantes que adotaram uma dieta mais equilibrada relataram noites menos fragmentadas e mais tranquilas. Já carnes processadas foram associadas ao sono de pior qualidade.

🥗 Sete hábitos que parecem saudáveis, mas podem atrapalhar sua alimentação. Produtos “zero” ou “diet”, saladas mal montadas, shakes proteicos desnecessários e até excesso de chá verde: atitudes com aparência saudável podem prejudicar sua saúde, saiba mais.

ETCETERA

🍽 Redes sociais superam indicações na hora de escolher onde comer, aponta estudo. A maioria dos clientes decide o restaurante pelo Instagram, segundo pesquisa com mais de 2.500 brasileiros. Qualidade da comida, preço e atendimento seguem como critérios importantes, mas a presença online se tornou decisiva.

⚡ Sim, é verdade: tirar eletrônicos da tomada durante tempestades evita danos sérios. Surtos elétricos causados por raios podem queimar aparelhos e até comprometer a segurança das pessoas. Smart TVs, computadores e videogames estão entre os mais sensíveis. O ideal é desligá-los da tomada antes da chuva — e não tocar nos cabos durante o temporal.

CLICKBAIT

🤖 Google coloca dois robôs para disputar partida infinita de tênis de mesa; veja vídeo!


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CÉREBRO E EMOÇÕES

Cérebros otimistas funcionam em sincronia, aponta estudo japonês

This Is Fine GIF

Imagem: Giphy

O que diferencia otimistas de pessimistas vai além da atitude: está no cérebro. Um estudo da Universidade de Kobe, no Japão, identificou padrões cerebrais específicos entre pessoas mais otimistas. Quando esses indivíduos imaginam o futuro, seus cérebros mostram padrões de ativação tão semelhantes que parecem “alinhados”, segundo os pesquisadores.

A pesquisa analisou 87 voluntários com diferentes níveis de otimismo. Durante uma ressonância magnética funcional, eles imaginaram situações futuras — positivas e negativas. Entre os mais otimistas, os padrões cerebrais eram quase idênticos. Já os pessimistas apresentaram respostas mais variadas e menos coesas.

Outro ponto relevante foi como os grupos processavam informações negativas. Otimistas tendiam a pensar em eventos ruins de forma mais abstrata e distante, o que diminuía o impacto emocional. Isso indica que otimismo não é apenas “ver o lado bom”, mas uma forma específica de lidar com o negativo.

Segundo o autor do estudo, Kuniaki Yanagisawa, essa sincronia cerebral pode explicar por que pessoas otimistas se sentem mais conectadas socialmente.

Os achados ajudam a entender como o cérebro constrói uma realidade compartilhada e abrem caminho para estratégias que estimulem conexões mais empáticas e positivas entre as pessoas.

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