Sexta, 29 de agosto.

Motivos para preservar aqueles momentos no sofá com um livro na mão? Pesquisadores apontam que ler por prazer traz benefícios que vão do aprendizado à saúde mental. Já a queda no hábito pode impactar empatia, imaginação e até a sensação de pertencimento social.

E mais: brasileiros optam por motorhomes em busca de mobilidade, autonomia e uma nova relação com o morar, adolescentes que nem imaginam como é viver com privacidade, 5 séries históricas que recriam guerras, impérios e revoluções. Sextou com o Zat!

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NÔMADES POR ESCOLHA

Brasileiros optam por motorhomes em busca de mobilidade, autonomia e uma nova relação com o morar

Em um país onde o déficit habitacional ultrapassa os 5,9 milhões de domicílios, morar em motorhome pode parecer fuga — mas, para um número crescente de brasileiros, é uma escolha. Embora ainda seja um fenômeno de nicho, a vida sobre rodas tem despertado interesse, especialmente entre quem valoriza liberdade geográfica, flexibilidade profissional e uma rotina menos apegada à estrutura urbana tradicional.

O avanço da tecnologia embarcada, como painéis solares e internet via satélite, aliado à expansão do trabalho remoto, tem tornado essa forma de moradia mais viável. Não por acaso, surgem relatos de jovens profissionais, casais e famílias que optam por vans adaptadas como residência — em parte também como resposta ao alto custo de aluguéis nas cidades.

Os veículos vão de Kombis convertidas a partir de R$ 50 mil a modelos que ultrapassam R$ 1 milhão, com estrutura completa para moradia autônoma. No caminho, surgem desafios: gestão de recursos como água e energia, manutenção constante, segurança e ausência de infraestrutura em algumas regiões.

Mesmo sem dados oficiais que dimensionem o alcance, o chamado caravanismo já movimenta fornecedores, empresas de aluguel e campings. Sul e Sudeste concentram a maior parte da oferta. Para quem encara a mudança, morar em movimento é menos uma fuga, e mais um modo de tentar viver com mais liberdade sobre o próprio tempo.

VIDA DIGITAL

“Muitos adolescentes nem imaginam como é viver com privacidade”

Carissa Véliz, professora do Instituto de Ética em Inteligência Artificial da Universidade de Oxford, alerta: sem privacidade, não há democracia. Em entrevista, a filósofa disse temer que muitos jovens, já acostumados a expor dados desde cedo, sequer consigam imaginar como é viver em um mundo com privacidade.

Segundo ela, quando governos e empresas têm acesso irrestrito a dados pessoais, as pessoas tendem a se autocensurar, temendo represálias futuras. A situação já é visível em países como Estados Unidos e Reino Unido, onde inquilinos podem ser rejeitados por proprietários que contratam empresas de dados — sem precisar justificar a decisão.

Véliz também critica a naturalização da exposição digital desde a infância, com pais que compartilham informações dos filhos sem considerar as consequências. Para ela, não basta responsabilizar o indivíduo: é preciso exigir tecnologias melhores, que respeitem a privacidade.

Aos jovens, a filósofa lembra que a vida é, sobretudo, analógica. “A vida está na conversa com amigos, na cafeteria da esquina, na natureza. O digital deve ser apenas um substituto, nunca a essência.”

LEITURA

Quantidade de pessoas que leem por prazer cai 40% em 20 anos nos EUA

Um estudo publicado na revista iScience mostra um declínio acentuado no hábito de ler por diversão entre americanos. Em 2004, 28% das pessoas disseram recorrer à leitura em um dia típico; em 2023, esse número caiu para apenas 16% — uma redução de cerca de 40% em duas décadas.

A pesquisa, realizada por especialistas da University College London e da Universidade da Flórida, analisou dados de mais de 236 mil pessoas coletados pela Pesquisa Americana de Uso do Tempo. A definição de leitura usada foi ampla, incluindo livros, jornais, revistas, ebooks e audiolivros.

Embora a queda já fosse observada desde os anos 1940, os pesquisadores consideraram a intensidade recente “surpreendente”. Entre as explicações, estão o aumento do tempo gasto em redes sociais e pressões econômicas que ampliam as jornadas de trabalho.

As disparidades sociais também chamam atenção: pessoas com mais educação e maior renda têm significativamente mais chances de ler do que grupos menos favorecidos — e a diferença só cresce.

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FIM DE SEMANA

5 séries históricas que recriam guerras, impérios e revoluções

Uma das formas mais envolventes de revisitar o passado é através das séries históricas, que misturam ficção e fatos para recriar guerras, impérios, revoluções e governos marcantes. Se você busca títulos para maratonar, dê uma olhada nessas cinco produções que mostram como o poder, a política e as paixões moldaram a história.

1. The Crown – Netflix
Acompanha o reinado de Elizabeth II, explorando escândalos, romances e decisões que marcaram seu governo.

2. The Gilded Age – HBO Max
Ambientada na Nova York dos anos 1880, mostra tensões entre tradição e modernidade durante a Era Dourada.

3. Vikings – Netflix
Segue Ragnar Lothbrok e suas conquistas, retratando batalhas, crenças e a cultura dos povos nórdicos.

4. Chernobyl – HBO Max
Minissérie que narra, em cinco episódios, o desastre nuclear de 1986 e seus impactos devastadores.

5. Xógum: A Gloriosa Saga do Japão – Disney+
Inspirada em James Clavell, mostra a luta pelo poder no Japão do século XVII e o encontro com europeus.

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