Sexta, 30 de maio.

O que faz uma cidade ser realmente boa pra se viver? Nesta edição, urbanistas renomados mostram que o segredo pode estar nos encontros diários, nos espaços públicos bem cuidados e na vida pulsando nas ruas.

E mais: a ideia que saiu da mesa de estagiários da Coca-Cola e foi direto para as gôndolas, flores que “escutam”, uso de psicodélicos por líderes religiosos e quem são os maiores influencers do Brasil. Vem com a gente!

🕑 Tempo de leitura da edição: 5min50s

URBANISTAS RESPONDEM

Como tornar as grandes cidades mais agradáveis?

O crescimento acelerado das grandes cidades costuma atropelar o planejamento urbano e ampliar desigualdades. Violência, mudanças climáticas e o isolamento digital contribuem para uma vida urbana cada vez mais desconectada. Mas especialistas acreditam que é possível reverter esse cenário — desde que o foco seja a reconexão entre as pessoas e a humanização dos espaços.

Para o urbanista Philip Yang, fundador do Instituto Urbem, ONG que atua com projetos de requalificação urbana, São Paulo vive o paradoxo de ter seu centro esvaziado, enquanto suas bordas crescem desordenadamente. Dados levantados por pesquisadores da FAU-USP e da Unifesp mostram que 22,2% dos imóveis do centro estão ociosos. Entre 2010 e 2022, a população da área central caiu 0,36%, mesmo com a construção de novos edifícios.

O transporte também é um entrave. Em cidades como Recife, a falta de ciclovias e um transporte público ineficiente levam até quem sonha com mobilidade sustentável a optar pelo carro. Especialistas propõe a criação de um Sistema Unificado de Mobilidade, nos moldes do SUS, para articular ações entre os governos federal, estadual e municipal.

Fala-se também em projetos que devolvam vida ao espaço urbano. Um exemplos é a revitalização do Jardim de Alah, no Rio, que busca transformar uma área degradada em um ponto de convivência, lazer e cultura, inspirada no modelo do High Line, em Nova York.

Os entrevistados dizem que a fórmula para cidades mais agradáveis talvez seja gerar mais encontros, mais vida nas ruas e menos isolamento.

LANÇAMENTO DE PRODUTO

Como uma ideia de estagiários e um viral do TikTok viraram o novo sabor da Coca-Cola

Uma combinação simples – Sprite com chá – virou a mais nova aposta da Coca-Cola para atrair o público jovem. Batizado de Sprite + Tea, o sabor nasceu há seis anos, numa sugestão de estagiários da empresa durante um projeto de inovação. Mas só agora, após viralizar nas redes sociais, especialmente no TikTok, virou produto oficial.

A receita virou tendência entre influenciadores e fãs, que apelidaram a mistura de “Arnold Palmer com gás”. Com o buzz, a marca percebeu a oportunidade e, em menos de um ano, colocou o sabor no mercado.

Lançado em maio de 2025 nos EUA e Canadá, Sprite + Tea chega em edição limitada até outubro, em versões tradicional e zero açúcar.

A velocidade entre o trend e o lançamento mostra o novo ritmo das grandes marcas: ouvir as redes, testar rapidamente e entregar enquanto o assunto ainda está quente.

FÉ E CIÊNCIA

Quando padres tomam cogumelos: fé, revelações e psicodélicos 

Um experimento científico nos EUA tem gerado debates: o que acontece quando líderes religiosos tomam psilocibina, substância presente em cogumelos alucinógenos? A resposta surpreende: 96% dos participantes — entre eles padres, rabinos, imãs e monges — descreveram a vivência como uma das mais espiritualmente significativas de suas vidas.

Conduzido por pesquisadores da Johns Hopkins e NYU, o estudo revelou que muitos passaram a perceber o divino como uma presença feminina e acolhedora, desafiando a tradicional imagem masculina de Deus. Três participantes fundaram organizações dedicadas à espiritualidade psicodélica após a experiência.

A possibilidade de contato direto com o sagrado, sem a mediação institucional, é interpretada por alguns como uma ameaça às religiões organizadas. Mas o estudo reacende uma pergunta essencial: a transcendência pertence às instituições ou é parte da própria natureza humana?

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ZAT INDICA

Séries de true crime para… relaxar?

Se você ama true crime, prepare-se: a Netflix anunciou um filme sobre Elize Matsunaga, condenada pelo assassinato e esquartejamento do marido, em um dos casos mais chocantes do Brasil. E se esse universo te intriga, aqui vão outros 5 true crimes que viraram séries e prenderam a atenção do público:

• Amor e Morte
  Elizabeth Olsen dá vida a Candy Montgomery, dona de casa aparentemente perfeita que se viu no centro de um assassinato brutal nos anos 1980, no Texas. Uma história real sobre desejo, traição e sangue. (Max)

• O Caso de Gabriel Fernandez
  Um retrato devastador sobre como o sistema falhou com Gabriel, um menino de 8 anos, vítima de tortura e assassinato pelos próprios responsáveis. A série escancara a negligência das instituições que deveriam protegê-lo. (Netflix)

• Moradores Indesejados
  Casas dos sonhos, vizinhos dos pesadelos. Essa série revela casos assustadores em que pessoas comuns descobriram estar morando perto — ou junto — de criminosos, assassinos e indivíduos perigosos. (Netflix)

• Pacto Brutal
  O Brasil parou em 1992 com o assassinato da atriz Daniela Perez, filha da autora Gloria Perez. A série reconstitui o crime, expõe falhas da investigação e dá voz à luta incansável da mãe por justiça. (Max)

• The Keepers
  O assassinato da freira Catherine Cesnik, em 1969, continua cercado de mistérios. A série investiga não só sua morte, mas também um encadeamento de abusos e segredos chocantes dentro da Igreja e de uma escola católica de Baltimore. (Netflix)

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