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Edição de 30/06/2025
Segunda, 30 de junho.
O que a nova geração de brasileiras nos diz ao adiar a maternidade? O último Censo traz números que revelam mais do que escolhas reprodutivas — mostram transformações profundas na vida das mulheres, impulsionadas por educação, trabalho e autonomia. Uma mudança silenciosa que está redesenhando o futuro demográfico.
E mais: que custos há por trás do brilho do ChatGPT, por que só o TikTok não basta para diagnosticar o TDAH, vingança no trabalho: uma armadilha emocional e profissional. Começando a semana com o Zat!
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TENDÊNCIA DEMOGRÁFICA
Brasileiras adiam maternidade e têm menos filhos, mostra Censo
Foto: Unsplash
As brasileiras estão adiando a maternidade e tendo menos filhos, segundo o Censo 2022 do IBGE, divulgado recentemente. A idade média para ter o primeiro filho passou de 26,3 anos, em 2000, para 28,1 em 2022 — reflexo de mudanças como o aumento da escolaridade e a maior presença feminina no mercado de trabalho. A taxa de fecundidade caiu para 1,55 filho por mulher, uma das mais baixas da história, e já abaixo da taxa de reposição populacional.
O número de mulheres sem filhos também cresceu: eram 10% em 2000 e agora somam 16,2%. No Rio de Janeiro, o índice chega a 21%. Além disso, a gravidez na adolescência recuou, embora ainda atinja 11,4% das jovens entre 15 e 19 anos.
A fecundidade varia bastante conforme escolaridade, cor, região e religião. Mulheres com ensino superior completo têm, em média, 1,19 filho e se tornam mães aos 30,7 anos. Já as que não completaram o ensino fundamental têm 2,01 filhos e se tornam mães mais cedo, por volta dos 26,7 anos. Indígenas têm a maior taxa (2,48 filhos), seguidas por pardas e pretas. Brancas e amarelas registram os menores índices.
Entre os grupos religiosos, apenas as mulheres evangélicas mantêm uma taxa acima da média nacional (1,74).
Os dados reforçam a complexidade por trás das escolhas reprodutivas e a influência de fatores sociais, econômicos e culturais nas decisões sobre maternidade.
Panorama 🌎
⚠️ Cortes no Orçamento ameaçam serviços essenciais e segurança.
Sem dinheiro suficiente, agências como Anac, Aneel e INSS reduzem atividades, suspendem fiscalizações e demitem equipes. Especialistas alertam que falhas podem aumentar riscos à população e travar a máquina pública.
🇺🇸 Senado dos EUA avança projeto fiscal de Trump após votação apertada.
Por 51 a 49, senadores abriram debate sobre a proposta que corta impostos, eleva gastos com defesa e aumenta o teto da dívida. Democratas criticam benefício aos mais ricos e ameaçam atrasar a tramitação. O texto pode reduzir receitas em US$ 4,5 trilhões em 10 anos e enfrenta forte oposição.
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Orçamento da Marinha despenca e acende alerta sobre segurança nacional.
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França proíbe cigarro em praias, parques e jardins.
Onda de calor atinge Europa com temperaturas de até 43ºC na Espanha.
O CUSTO INVISÍVEL DA IA
Que problemas há por trás do brilho do ChatGPT?
Foto: Getty Images
A inteligência artificial generativa, como o ChatGPT, impressiona pela fluidez com que se comunica com humanos. Mas, por trás da aparência “mágica”, há um sistema complexo sustentado por trabalho humano pouco valorizado e consumo intensivo de recursos naturais. É o que revela a jornalista e engenheira Karen Hao no livro Empire of AI.
Após 300 entrevistas em países como Quênia, Colômbia e Chile, Hao expõe o lado obscuro da IA: data centers que consomem volumes massivos de energia e água, trabalhadores terceirizados lidando com conteúdos abusivos para treinar os filtros da IA, e um modelo de negócios que terceiriza responsabilidades éticas.
Casos como o de Mophat Okinyi, queniano que sofreu traumas ao revisar conteúdo violento para a OpenAI, ilustram o impacto humano. Para Hao, a solução passa por maior transparência, regulamentação e escolha consciente por parte de governos e consumidores.
“Não se trata de recusar a tecnologia, mas de decidir como, para quem e a que custo ela será construída”, conclui a autora.
SAÚDE MENTAL
Nem tudo é TDAH: por que só o TikTok não basta para diagnosticar o transtorno

Foto: Adobe Stock
Vídeos curtos nas redes sociais fizeram muita gente se identificar com sintomas como desatenção, impulsividade e esquecimento. Mas, segundo o pesquisador britânico Philip Shaw, referência mundial em TDAH, isso não significa que todas essas pessoas tenham o transtorno.
Shaw lembra que o TDAH é um distúrbio do neurodesenvolvimento e, portanto, manifesta-se desde a infância — mesmo que os impactos só apareçam mais tarde. O diagnóstico sério, afirma, exige uma avaliação clínica cuidadosa, com escuta ativa e análise do histórico de vida do paciente. “Todos temos momentos de distração. Só é TDAH se isso causar prejuízos reais”, explica.
Pesquisas lideradas por Shaw apontam alterações cerebrais e genéticas em quem tem o transtorno, além de indícios de que sua evolução ao longo da vida pode variar de acordo com o perfil de risco genético. O diagnóstico também pode acontecer na velhice, especialmente quando estratégias de compensação (como anotar tudo para não esquecer, evitar situações que exijam foco intenso ou se apoiar em rotinas rígidas para manter a organização) deixam de funcionar.
Ele alerta ainda para o uso indiscriminado do termo “neurodivergente”: ansiedade ou outros quadros podem causar sintomas parecidos. O recado final é claro: não é no TikTok que se descobre um transtorno — é no consultório, com profissionais capacitados.
ASSUNTO
PARA O ALMOÇO 💬
À noite, em algumas praias do mundo, o mar parece ganhar vida. Isso acontece por causa do Noctiluca scintillans, um organismo microscópico que brilha quando é agitado — como um toque de mágica azul fluorescente.
Quando muitos se acumulam, formam os chamados “mares leitosos”, que iluminam grandes áreas da costa. Em condições especiais, esse brilho pode até ser visto do espaço.
O QUE MAIS
TÁ ROLANDO? 👀

⚽️ Flamengo e Botafogo deixam o Mundial; Palmeiras garante vaga nas quartas. Com o início da fase eliminatória neste fim de semana, o Botafogo foi eliminado pelo Palmeiras por 1×0 no sábado. Já o Flamengo perdeu para o Bayern de Munique por 4×2 ontem. O Fluminense, quarto representante do Brasil, enfrenta hoje a Inter de Milão em busca da classificação para a próxima fase.
ECONOMIA E NEGÓCIOS
🍫 A Dengo tem nova CEO: Cintia Moreira assume o comando da marca de chocolates premium em plena fase de expansão. Ex-diretora comercial, ela lidera o plano ambicioso de abrir 250 lojas até 2030 — e promete manter o foco na qualidade, no cacau nacional e na experiência do cliente.
📱O iFood quer mostrar que é mais que delivery: bateu R$ 2 bilhões em crédito via iFood Pago e seu braço de benefícios já soma 850 mil usuários. As novas frentes focam em fintech e gestão para restaurantes, com soluções que vão da “Maquinona” ao auxílio no fluxo de caixa.
💼 Crime organizado preocupa investidores na Faria Lima. Facções como PCC e Comando Vermelho infiltram empresas de transporte, combustíveis e fintechs, criando concorrência desleal e riscos para negócios legais. Bancos e fundos agora medem o “risco PCC” antes de investir no Brasil.
💰 Executivos da Nvidia vendem mais de US$ 1 bilhão em ações com alta da IA. Com a disparada dos papéis, Jensen Huang e outros líderes da Nvidia venderam ações que somam US$ 1 bilhão no último ano. Só em junho, foram US$ 500 milhões em negociações.
SAÚDE E CIÊNCIA
🌿 OMS oficializa uso de medicinas tradicionais em sistemas de saúde. A nova estratégia global reconhece práticas como acupuntura, fitoterapia e medicina ayurvédica, desde que comprovadas cientificamente. O Brasil sediará, em outubro, o Congresso Mundial de Medicina Tradicional no Rio de Janeiro.
🌍 Cientistas detectam “batimentos cardíacos” da Terra na África. Pesquisadores identificaram pulsos rítmicos de material quente subindo do manto terrestre na Etiópia. O fenômeno pode explicar vulcanismo, terremotos e a abertura de fissuras que dividem lentamente o continente africano.
ETCETERA
😕 Estudo de Harvard aponta as 14 profissões que mais causam infelicidade — e o motivo vai além do salário. Entre elas estão caixa, professor, caminhoneiro e técnico de farmácia. Falta de propósito, solidão e pouca valorização estão entre os fatores que mais pesam no bem-estar profissional. Confira a lista.
💋 O relacionamento esfriou? Pode ser falta de beijo, não de sexo. Especialistas apontam que beijos profundos fortalecem a conexão emocional, reduzem brigas e aumentam o desejo. Ignorar esse gesto pode transformar o par em colegas de quarto. Beijar mais pode ser o segredo para reacender a faísca.
CLICKBAIT
🥶 Cachorro viraliza com método de beber água no frio sem sair das cobertas, veja!
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CARREIRA
Vingança no trabalho: por que é uma armadilha emocional e profissional

Imagem: Giphy
Ignorar um colega, sabotar um projeto ou revidar uma injustiça pode parecer justificável diante de um desrespeito. Mas, no ambiente de trabalho, partir para a vingança é um caminho perigoso – e pouco eficaz. Segundo o pesquisador James Kimmel Jr., nosso desejo de punir vem de um impulso ancestral, associado ao prazer e à ideia de justiça no grupo. Só que hoje, esse instinto pode nos jogar em armadilhas emocionais.
A vingança ativa a dopamina, criando uma sensação momentânea de alívio, mas os efeitos negativos se acumulam: relacionamentos são destruídos, a reputação profissional é afetada e o ciclo da dor se perpetua. “Tentar ferir o outro é como tomar veneno esperando que o outro sofra”, alerta Kimmel.
A saída? O perdão – não como condescendência, mas como autocontrole. “Imaginar o ato de perdoar já é capaz de desativar o circuito cerebral da dor”, explica. Em vez de se prender a um ambiente tóxico, o ideal é buscar formas de se afastar e reconstruir, sem alimentar o ressentimento.
No fim, perdoar não é esquecer: é libertar-se do peso que a vingança impõe. E isso pode ser o gesto mais inteligente no trabalho.
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