Quarta, 30 de outubro.

Um estudo da Universidade de Alberta, no Canadá, com 630 estudantes, revelou que apostadores tendem a preferir jogos mais arriscados. Isso ocorre devido ao "viés de magnitude": o cérebro subestima os pequenos gastos acumulados e supervaloriza a possibilidade de grandes ganhos. O mercado das bets envolve não só matemática, mas muita psicologia. Confira nesta edição.

E mais: as famílias brasileiras estão reduzindo em tamanho e mais pessoas estão morando sozinhas, os carrinhos inteligentes chegam aos supermercados, o que a geração Z indiana tem usado no lugar do TikTok, que é proibido no país. Vem com o Zat!

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NOVO RETRATO DEMOGRÁFICO

Brasil 2024: mais chefes que esposas

O IBGE divulgou, neste fim de outubro, uma análise que revela um Brasil em profunda transformação demográfica, apresentando um panorama social drasticamente diferente dos últimos 500 anos.

O país, que mantinha taxas de mortalidade elevadas por séculos, agora experimenta uma revolução em sua estrutura populacional e familiar.

A mudança mais expressiva revelada pelo censo ocorre no papel das mulheres na sociedade. Pela primeira vez na história, há mais mulheres comandando lares do que na posição de esposa do responsável.

Esse cenário reflete tanto o aumento da escolaridade e da inserção no mercado de trabalho entre as mulheres, quanto desafios sociais como o abandono familiar por parte dos homens.

A taxa de fecundidade, antes superior a 6 filhos por mulher, agora está abaixo de 2, evidenciando uma profunda mudança nos padrões reprodutivos.

Apesar das mudanças demográficas reveladas nessa última análise do ano, o Brasil mantém-se como país de renda média, enfrentando o desafio de conciliar o envelhecimento populacional com a necessidade de desenvolvimento social e redução das desigualdades.

BETS NO BRASIL

Como funciona a “matemágica” das apostas

A matemática das apostas tem duas certezas implacáveis: casas de apostas sempre lucram e jogadores compulsivos tendem a perder tudo.

Enquanto apostadores têm recursos limitados, as empresas se beneficiam da lei dos grandes números: quanto mais apostas acumuladas, mais o resultado real se aproxima da margem de lucro planejada pela casa, que costuma acertar as contas.

Segundo o Banco Central, as plataformas retêm até 15% de todo valor apostado, devolvendo apenas 85% aos jogadores – uma margem que se multiplica a cada nova rodada.

No popular jogo do tigrinho (Fortune Tiger), por exemplo, o retorno prometido é de 96,81%, mas a chance de alcançar o prêmio máximo (2.500 vezes o valor apostado) é de apenas uma em milhões de jogadas.

A PG Soft, desenvolvedora do jogo, não divulga sua tabela completa de premiações, mas isso deve mudar em breve: a divulgação faz parte das exigências que entrarão em vigor em 2025, com a nova regulamentação.

CARRINHOS INTELIGENTES

A lenta transformação do varejo brasileiro

Você já imaginou entrar em um supermercado, pegar um carrinho, adicionar os itens que deseja comprar e, no final, sair sem passar pelo caixa?

Isso já é uma realidade em alguns países e está se aproximando do mercado brasileiro, com a tecnologia já presente em Campinas, Ribeirão Preto, Florianópolis e Chapecó.

Até o momento, a avaliação dos consumidores destacou os benefícios, sobretudo a economia de tempo e eliminação de filas. Em uma pesquisa inicial, 97% dos usuários aprovam a experiência.

No entanto, a tecnologia ainda é cara. A título de comparação, enquanto um carrinho comum custa em média 500 reais, a versão inteligente custa a partir de R$ 15 mil no Brasil. Na economia global, esse setor deve crescer US$ 3,85 bilhões até 2028.

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A ARTE DE SE RELACIONAR

Como lidar com pessoas difíceis?

Você já teve a sensação de que alguém consome toda a sua energia, quase como um "vampiro emocional"? Esse tipo de comportamento pode tornar a convivência desgastante e, muitas vezes, a pessoa nem percebe o impacto que causa.

De fato, muitas pessoas nem se dão conta de que atitudes como a falta de empatia ou a tendência à crítica constante podem esgotar os outros ao seu redor. Nunca se desculpar ou agradecer podem até mesmo indicar um distúrbio de personalidade, onde os outros são sempre os "errados".

Confira 8 sinais de comportamentos exaustivos:

• Rigidez excessiva

• Negatividade constante

• Vitimização

• Ressentimento

• Negação das próprias ações

• Falta de empatia

• Crítica em excesso

• Competitividade extrema

Pessoas com baixa inteligência emocional podem adotar esses comportamentos como uma forma de evitar vulnerabilidade, culpa ou dependência. No entanto, lidar com elas exige cuidado e, muitas vezes, reflexão sobre o que nos afeta na relação.

Se o convívio for inevitável, o psiquiatra Luiz Scocca recomenda um diálogo honesto e cuidadoso, sem acusações e com paciência. Em alguns casos, mesmo que a outra parte se sentir desconfortável no momento, pode surgir a chance de a relação se fortalecer. Se a pessoa, porém, continuar agindo da mesma forma, pode ser mais saudável limitar o contato.

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