Sexta, 31 de janeiro.

Você, leitor, curte uma pegada urbana ou rural quando o assunto é arte e entretenimento? Na edição de hoje, falamos sobre o renascimento da cultura caipira no Brasil, um movimento que ressurge com força no campo literário, nas telas e no design.

E mais: supermercados e farmácias travam batalha por venda de remédios, favelas movimentam R$ 167 bi e impulsionam consumo digital, trilhas sonoras para criar uma atmosfera envolvente para o seu final de semana. Sextou com o Zat!

🕑 Tempo de leitura da edição: 5min45s

RESGATE CULTURAL

Da roça aos streamings: por que o Brasil voltou a falar caipira

O renascimento da cultura caipira no Brasil está ressoando fortemente em diferentes esferas do entretenimento e da arte.

O fenômeno ganha força com livros como Torto Arado, de Itamar Vieira Junior, que não apenas atingiu a impressionante marca de 800 mil exemplares vendidos, mas também reinventou a forma como as histórias rurais são contadas no Brasil contemporâneo. A nostalgia da vida no campo, ao mesmo tempo simples e resiliente, tem sido abordada de maneira multifacetada, levando a uma revalorização da cultura caipira.

Na televisão, a TV Globo apostou em produções como Pantanal e Renascer, enquanto o streaming abraçou a tendência com Rensga Hits! (Globoplay). O movimento coincide com a dominação do sertanejo nas plataformas digitais, ocupando 7 das 10 primeiras posições no ranking da Pro-Música (entidade dos produtores fonográficos) em 2024.

Segundo Luiz Antonio Guerra, sociólogo do IFG (Instituto Federal de Educação de Goiás), a busca por essa identidade foi intensificada a partir da pandemia, quando houve um movimento de retorno ao interior. "Nas grandes cidades, há uma institucionalização da impessoalidade e os laços se perdem com facilidade", explica.

O fenômeno também alcança as artes visuais, com exposições como Caipiras: Das derrubadas à saudade na Pinacoteca de São Paulo, e o design, através de estúdios como o Arado, premiado na Bienal Iberoamericana de Diseño em Madri.

DISPUTA NAS PRATELEIRAS

Supermercados e farmácias travam batalha por venda de remédios

A venda de medicamentos sem prescrição em supermercados brasileiros está prestes a se tornar realidade, segundo Márcio Milan, presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). A medida foi apresentada ao governo como estratégia para conter a inflação.

Milan defende que a prática, já comum em diversos países, poderia beneficiar os consumidores. No entanto, a Associação Brasileira das Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) argumenta que a medida "feriria de morte" o setor farmacêutico estabelecido.

A implementação depende de aprovação legislativa, prevista para começar em fevereiro, quando Câmara e Senado retomam as atividades.

A Abras projeta um crescimento de 2,70% para o setor supermercadista em 2025, menor que os 3,72% registrados em 2024.

MERCADO EMERGENTE

Favelas movimentam R$ 167 bi e impulsionam consumo digital

As favelas brasileiras, que concentram 17 milhões de habitantes em mais de 6 mil comunidades, representam um mercado consumidor com potencial de R$ 167 bilhões e renda mensal média de R$ 3.036, segundo pesquisa da Nós I Novo Outdoor Social (empresa de pesquisa de mercado).

O estudo identificou que plataformas como Shopee (marketplace asiático) e Mercado Livre (marketplace latino-americano) lideram o comércio eletrônico nas comunidades, com forte impulso do público feminino. No setor financeiro, Nubank (banco digital), Bradesco (banco privado) e Caixa Econômica (banco público) dominam as preferências.

A pesquisa mapeou dez categorias de produtos e serviços, revelando um mercado dinâmico e em crescente digitalização. Veja mais aqui.

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Trilhas sonoras envolventes para momentos especiais

Que tal uma bela trilha sonora que traga boas memórias ou crie a atmosfera perfeita para os bons momentos do final de semana? Confira nossas sugestões:

• Pulp Fiction (1994): Com sua mistura de rock, soul e surf music, é uma trilha cheia de atitude e estilo.

• Amélie Poulain (2001): As doces melodias são ótimas para criar um clima leve e encantador.

• La La Land (2016): Uma mistura de jazz e romance que vai te fazer dançar e sonhar.

• As Vantagens de Ser Invisível (2012): Uma seleção indie que toca direto no coração.

• Drive (2011): A eletrônica melancólica de Cliff Martinez cria a trilha perfeita para momentos introspectivos.

• Encontros e Desencontros (2003): A mistura de rock alternativo e atmosferas etéreas cria uma vibe envolvente e contemplativa.

• Baby Girl (2024): Uma fusão de estilos musicais que complementam a atmosfera intensa e sensual do filme, indo do eletrônico ao pop, com toques de rock e indie.

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